Novos mecanismos de licitação reduzirão estimativas de desperdício, diz ministro
Assunção, Agência IP.- O Ministro da Economia e Finanças (MEF), Carlos Fernández, disse que com a regulamentação da Lei de Fornecimentos e Compras Públicas, e as propostas apresentadas, a despesa pública será melhorada.
Um relatório frequentemente citado do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) indica que no Paraguai, entre 1.200 e 1.500 milhões de dólares são desperdiçados em recursos públicos por ano, 3% do seu Produto Interno Bruto (PIB).
O ministro esclareceu que não se trata de actos de corrupção em si, mas muitas vezes de ineficiência na administração de recursos. É por isso que a regulamentação da lei de licitações inclui medidas como: licitação em nível estadual, por meio de compras conjuntas.
“Muitas vezes ter instituições espalhadas para adquirir equipamentos é uma questão de ineficiência nas compras públicas”, disse em entrevista à Rádio Ñanduti.
As normas da Lei 7.201/22 foram apresentadas no mês de agosto. A par das compras conjuntas, promovendo a colaboração entre entidades públicas para concursos de equipamentos e serviços e reduzindo custos, são introduzidas medidas para agilizar processos.
Assim, são reduzidos os prazos para protestos e recursos de reconsideração, bem como a eliminação da exigência de consórcio prévio à licitação, onde empresas que apresentem ofertas conjuntas poderão formar o consórcio após serem adjudicadas.
Impulsionar reformas
O ministro do MEF destacou que a actual administração do Governo está determinada a implementar as reformas necessárias e não apenas a apresentar projectos de lei. Neste âmbito, desde agosto de 2023, foi realizada a criação do próprio Ministério, fundindo as secretarias da Função Pública e da Técnica de Planeamento, e a criação da Direção da Receita Tributária.
Mais recentemente, projectos de longa data, como o função pública e reforma do serviço públicocom disposições gerais para todos os poderes do Estado, respeitando a responsabilidade de cada um pela sua aplicação, e disposições particulares para o Executivo como a redução do número de cargos de confiança, estabilidade no emprego para trabalhadores contratados e a criação do Conselho Público Sistema de Gestores.