Projeto LabMaker Iguassu e Mini Cidade Inteligente integra tecnologia e aprendizado prático no sistema de ensino de Foz do Iguaçu

Ação entre Itaipu Parquetec e Finep conecta ciência, tecnologia e sustentabilidade a ambientes educativos complementares
Um projeto que leva atividades pedagógicas inovadoras a alunos da rede municipal de ensino de Foz do Iguaçu, por meio de ambientes de aprendizagem ampliados, esse é o LabMaker Iguassu e Mini Cidade Inteligente. Em execução desde 2023, a iniciativa é uma colaboração entre a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Itaipu Parquetec, desenvolvida em parceria com a Prefeitura de Foz, por meio da Secretaria Municipal de Educação. Com vigência estendida até dezembro de 2026, o projeto amplia o acesso dos estudantes a experiências práticas que integram educação, tecnologia e sustentabilidade.
Com uma proposta baseada em espaços lúdicos e interativos, o projeto aproxima a ciência do universo das brincadeiras ao integrar temas como física, matemática, sustentabilidade e educação ambiental às atividades pedagógicas. A metodologia estimula o aprendizado prático e interdisciplinar, alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com foco no desenvolvimento do pensamento crítico, da criatividade e do trabalho em equipe. Entre março e dezembro de 2025, as ações alcançaram 38 escolas da rede municipal, envolvendo 103 turmas e 2.644 crianças, o que reforça a abrangência e o impacto da iniciativa no contexto educacional de Foz do Iguaçu.
As ações estão estruturadas em dois pilares principais: o LabMaker Iguassu, voltado à cultura maker, prototipagem e atividades “mão na massa”; e a Mini Cidade Inteligente, uma simulação urbana onde os estudantes utilizam tecnologias emergentes para compreender e propor soluções para desafios reais das cidades. A abordagem adota o conceito STEAM, integrando Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática.
De acordo com a gerente de Educação do Itaipu Parquetec, Karina Custódio, a adoção da abordagem STEAM e o uso de espaços complementares de educação são fatores centrais para qualificar o processo de aprendizagem e aumentar o engajamento dos estudantes da rede municipal. Karina explicou que a integração entre essas áreas do conhecimento permite que o conhecimento seja construído de maneira interdisciplinar e aplicada. “Quando o aluno experimenta, testa e cria, ele passa a compreender conceitos complexos de forma mais concreta, participativa e contextualizada”, ressaltou.
A coordenadora de Educação do Itaipu Parquetec, Andressa Marlise de Souza, destacou que as atividades do LabMaker Iguassu e da Mini Cidade Inteligente são estruturadas a partir da metodologia do “aprender fazendo”, que transforma conceitos teóricos em experiências práticas e conectadas à realidade dos estudantes. “Ao trabalhar com tecnologias como drones, robótica e desafios urbanos ligados à mobilidade, energia e sustentabilidade, os alunos desenvolvem pensamento crítico, trabalho em equipe e consciência socioambiental, passando a se reconhecer como protagonistas na construção de cidades mais inclusivas”, disse.

O projeto está alinhado à missão do Itaipu Parquetec e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), com destaque para o ODS 4 (Educação de Qualidade), ODS 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura), ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis) e ODS 13 (Ação contra a Mudança Global do Clima). Karina ainda acrescentou que, ao integrar educação, inovação e responsabilidade socioambiental, iniciativas como o LabMaker Iguassu contribuem para a formação de cidadãos conscientes e preparados para atuar de forma responsável na região. “Trabalhar temas como sustentabilidade, uso inteligente da tecnologia e cuidado com as cidades desde a educação básica é investir no desenvolvimento social e ambiental a longo prazo”, conclui.
Atividades desenvolvidas em 2025

Neste ano, o projeto realizou diferentes roteiros pedagógicos voltados ao tema Cidades Inteligentes, com atividades práticas no LabMaker Iguassu. Os estudantes foram estimulados a compreender e propor soluções para desafios urbanos e ambientais, explorando conceitos como monitoramento da qualidade do ar, coleta de lixo inteligente, agricultura urbana, transporte eficiente, gestão de energia, monitoramento de recursos hídricos, gerenciamento de resíduos perigosos e controle de ruído urbano.
Outra ação de destaque foi a atividade Drone Sustentável, voltada ao desenvolvimento do pensamento computacional e da aprendizagem interdisciplinar por meio da programação em blocos e do uso de drones em contextos simulados. Organizados em grupos, os alunos trabalharam missões relacionadas a transporte eficiente, segurança urbana, gestão de energia, gestão de resíduos, sustentabilidade e transporte seguro, sempre conectando teoria e prática em situações inspiradas na realidade urbana.

A professora Miriam Schuster, da Escola Municipal Irio Manganelli, observou que as atividades desenvolvidas em 2025 permitiram aos alunos retomar, de forma prática, conteúdos trabalhados ao longo do ano letivo. “Eles conseguem revisitar temas como sustentabilidade, atitudes sustentáveis e cidades inteligentes por meio da tecnologia, da robótica e de recursos que fazem parte do universo deles, o que torna o aprendizado muito mais significativo”, afirmou. Segundo a professora, a experiência complementa o trabalho realizado em sala de aula e contribui para ampliar a consciência dos estudantes sobre meio ambiente, qualidade de vida e bem-estar, a partir do uso responsável da tecnologia.
Fotos: Kiko Sierich/Itaipu Parquetec



