GreenXperience: imersão educativa inspira jovens intercambistas a se tornarem agentes de mudança ambiental

Experiência promovida pelo Itaipu Parquetec proporcionou ao grupo de estudantes canadenses uma vivência prática em sustentabilidade e tecnologia, expandindo perspectivas para soluções ambientais globais
Na última quinta-feira, 13, o Itaipu Parquetec, em parceria com o horto de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) da Itaipu Binacional, realizou o GreenXperience, uma vivência imersiva de educação ambiental voltada para jovens intercambistas. O evento reuniu 19 estudantes de high school, vindas do Canadá, acompanhadas por quatro professoras nativas. Durante a estadia em Foz do Iguaçu, a programação conduziu o grupo a visitas ao Refúgio Biológico Bela Vista e ao Itaipu Parquetec.
A iniciativa teve como objetivo aproximar os participantes das soluções sustentáveis desenvolvidas pelo Itaipu Parquetec e Itaipu Binacional, proporcionando uma experiência educativa com foco em sustentabilidade, tecnologia e gestão ambiental. Segundo a analista educacional do Parque, Mayara Barros, “(…) a educação muda pessoas e pessoas transformam o mundo. Acreditamos que a experiência proporcionada pelo GreenXperience vai fortalecer o pensamento crítico, a inovação e a capacidade de resolver problemas, fomentando uma visão de mundo ampliada e alinhada à nossa missão institucional de transformar conhecimento e inovação em bem-estar social”, conclui Mayara.
Ao longo do dia, as estudantes participaram de diversas atividades interativas. No Refúgio Biológico Bela Vista, as experiências foram divididas entre uma ação voluntária no horto de PANCs e uma visita ao Recinto das Onças, onde aprenderam sobre a conservação da fauna local. No Itaipu Parquetec, exploraram o laboratório do CIBiogás para entender o aproveitamento de resíduos na geração de energia, receberam uma explicação detalhada sobre o Hidrogênio Verde e puderam conhecer, no espaço do LabMaker, o processo de reciclagem de plásticos descartados por meio de impressoras 3D, destacando a missão sustentável do Parque. Ainda no LabMaker, tiveram a oportunidade de produzir um repelente natural à base de citronela, conectando ciência e sustentabilidade de forma prática e educativa.
A professora Sabrina enfatizou a importância do GreenXperience como uma oportunidade única para as alunas ampliarem as próprias perspectivas. Segundo ela, viajar internacionalmente permite que as estudantes vivenciem novas experiências e compreendam os desafios globais sob diferentes ângulos. “Queremos que elas enxerguem não apenas as oportunidades de carreira, mas também o impacto que podem gerar no mundo”, afirmou. Ressaltou ainda que a sustentabilidade ambiental e a interconexão entre diferentes áreas do conhecimento são temas essenciais dentro do programa de liderança da escola, e que a viagem da escola está especialmente alinhada com disciplinas como geografia regional e desenvolvimento sustentável, permitindo que as estudantes se aprofundem em questões reais e explorem soluções inovadoras. “Elas são brilhantes, engajadas e entusiasmadas com o aprendizado. Nosso objetivo é proporcionar experiências que as preparem para serem agentes de mudança no futuro”, concluiu.
Para a estudante Alison, o GreenXperience tem sido uma oportunidade única de aprendizado e descoberta. “Na escola, discutimos sobre questões como problemas ambientais, mas aqui podemos vivenciá-las e entender possíveis soluções”, afirmou, mencionando atividades como a amostragem de água para análise da hidroeletricidade e a apresentação sobre hidrogênio, que considerou envolvente. Outra experiência que a marcou foi o plantio, especialmente por já gostar de jardinagem em casa. “Aprender sobre como ajudar na preservação das espécies e cuidar delas foi algo que achei realmente interessante”, contou. A estudante, que pretende seguir carreira na área de engenharia ou matemática, ressaltou que a viagem a Foz do Iguaçu ajudou a visualizar diferentes possibilidades profissionais, especialmente por ter tido contato direto com engenheiros químicos e cientistas. Além disso, Alison destacou o impacto pessoal da viagem, já que esta é sua primeira experiência fora da América do Norte. Para ela, lidar com essa nova realidade, enquanto cria memórias ao lado das amigas, tem sido um aprendizado à parte.
Para avaliar o impacto do evento, a equipe de Educação do Itaipu Parquetec aplicou um formulário de feedback ao final das atividades, permitindo uma análise da experiência das alunas. Mayara ainda destaca que a imersão também abre possibilidades para futuras parcerias e a expansão do projeto para outros formatos e públicos. “Por ser uma experiência personalizada, podemos oferecer imersões educacionais em diversas temáticas, sempre mantendo nosso DNA de sustentabilidade e metodologias ativas de aprendizagem, como o movimento maker [metodologia que incentiva alunos a aprenderem construindo, projetando ou programando]”, explica a analista educacional do Parque.
Fotos: Kiko Sierich/Itaipu Parquetec