Programa do Estado que transforma pesquisas em negócios divulga finalistas
O Governo do Paraná divulgou nesta quarta-feira (2) os dez finalistas do Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime), edição de 2024. Os pesquisadores selecionados participarão da última rodada de mentorias e workshops, e receberão um aporte financeiro do Estado no valor individual de R$ 200 mil para impulsionar o desenvolvimento das soluções inovadoras propostas.
A entrega das premiações acontecerá na abertura do evento Paraná Faz Ciência 2024, na próxima segunda-feira (7), em Maringá, no Noroeste paranaense.
O Prime tem o objetivo de transformar os resultados de pesquisas acadêmicas em novos produtos, serviços e negócios. O foco da iniciativa é capacitar os pesquisadores para as diferentes demandas do mercado, a partir de perspectivas jurídicas, de prospecção de financiamento e aperfeiçoamento das inovações, entre outros temas. Os recursos públicos, que somam R$ 2 milhões, serão aplicados no custeio de bolsas e na aquisição de equipamentos para os projetos.
O programa é coordenado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), com financiamento do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, dotação orçamentária administrada pela pasta. A Fundação Araucária e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae/PR) atuam como parceiros da ação, incluindo a aplicação dos conteúdos de aprendizagem das oficinas.
O diretor de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Aurélio Pelegrina, destaca o compromisso governamental com a ampliação de investimentos para o avanço científico. “O investimento público é importante para impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento no Paraná, pois possibilita a realização de projetos inovadores que geram avanços significativos, impactando de maneira positiva a sociedade, promovendo um ambiente propício para o crescimento sustentável e a inclusão social”, afirma o gestor.
PROJETOS – Entre os projetos finalistas, 80% são desenvolvidos no interior paranaense, nas universidades estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), do Oeste do Paraná (Unioeste) e do Centro-Oeste (Unicentro), além da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Os laboratórios onde são realizados os estudos estão localizados em Apucarana, no Vale do Ivaí; Cornélio Procópio e Londrina, no Norte do Estado; Guarapuava, no Centro-Sul; Toledo, no Oeste; e Umuarama, no Noroeste. Outros dois projetos são de pesquisadores do campus da UTFPR em Curitiba.
Uma das pesquisas, realizada por meio de uma parceria entre a Unicentro e a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), propõe um método de fabricação de etanol, a partir de sementes de seringueira. A solução proposta busca reaproveitar um resíduo comum da produção do látex e contribuir para a destinação adequada desse material, cuja decomposição pode prejudicar o solo e outras vegetações.
Os demais projetos focam em soluções sustentáveis para vários desafios do mercado, como a substituição do gesso na construção civil por um material mais resistente e barato e módulos habitacionais que utilizam resíduos de bambu e técnicas de impressão em 3D. Os estudos também incluem curativos cicatrizantes e matérias-primas produzidas pelo tratamento de rejeitos da indústria têxtil e um produto para o tratamento e descontaminação de água.
PARANÁ FAZ CIÊNCIA – Com o tema Cultura, Diversidade, Saberes, Inovação e Sustentabilidade, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) sediará, neste ano, a Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, com o evento denominado Paraná Faz Ciência. O evento acontecerá no período de 7 a 11 de outubro, no âmbito da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
A programação prevê seis eixos temáticos, que unem debates, palestras, exposições culturais, mostras interativas de projetos e oficinas. A expectativa é reunir 35 mil pessoas, incluindo 10 mil alunos de ensino fundamental, a maioria de escolas públicas. A organização é da Seti, em parceria com a Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI) e da Fundação Araucária, com apoio de várias instituições de pesquisa científica e tecnológica.