Paraguai

Vírus respiratórios: É recomendável tomar precauções para evitar adoecer e prevenir infecções

Assunção, Agência IP.- Dada a descida da temperatura e tendo em conta a circulação simultânea de vários vírus respiratórios, o Ministério da Saúde insta a população a tomar precauções para evitar adoecer e prevenir infeções. Prestar especial atenção ao grupo mais vulnerável: bebés, crianças, idosos, mulheres grávidas e pessoas com doenças crónicas.

Da mesma forma, a pasta da saúde lembra de lavar as mãos correta e frequentemente, ventilar ambientes fechados, cobrir a boca e o nariz com lenço de papel ao tossir ou espirrar e evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais de doenças respiratórias.

É vital ter acesso à vacinação contra vírus respiratórios circulantes. As vacinas contra a covid-19 e a gripe estão disponíveis a partir dos 6 meses de idade, nos centros de vacinação do país.

Na presença de febre ou sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta ou outros), é recomendado o uso de máscara, procurar atendimento médico e não se automedicar, a fim de prevenir complicações do quadro.

A consulta médica oportuna é essencial para obter um diagnóstico, determinar o vírus, receber o tratamento correspondente e cumprir o repouso para evitar a propagação da doença.

Situação epidemiológica

Na semana (SE) 37, observa-se que o número de consultas de gripe se mantém semelhante ao registado na semana anterior, com mais de 38.200 consultas em todo o país, observando-se um patamar de casos, pelo que a curva epidémica continua acima do limiar de alerta.

De acordo com o relatório recente, há evidências de circulação do vírus sincicial respiratório, seguido do SARS-CoV2 e do Rinovírus, que são os que registam maior procura de consultas e internamentos por problemas respiratórios nas unidades de saúde.

Houve 404 pacientes internados com infecções respiratórias agudas graves (IRAG) nos Centros Sentinela, refletindo uma ligeira diminuição de 1% em relação à semana anterior. A maioria dos casos hospitalizados está associada ao vírus sincicial respiratório e ao SARS-CoV2.

56% dos internamentos correspondem à idade pediátrica, sendo 50% de crianças menores de 2 anos e 44% de adultos, dos quais 48% têm mais de 60 anos.

Neste período, os vírus respiratórios identificados entre os pacientes internados, além do vírus sincicial, SARS-CoV2 e Rinovírus, foram casos de Parainfluenza, Metapneumovírus, Influenza B e Adenovírus.

Do total de doentes internados associados ao SARS-CoV2 este ano, 43% correspondem a infeções registadas nos últimos três meses. 33% destes têm mais de 60 anos e 28% têm menos de 2 anos. Destes, 12% deram entrada na unidade de terapia intensiva e 14% faleceram.

O relatório atualizado mostra que 838 crianças menores de 2 anos necessitaram de hospitalização devido ao vírus sincicial até agora este ano; 160 deles foram internados na unidade de terapia intensiva.

COVID-19

Ao final da semana (SE) 37, foram confirmados 256 casos positivos de COVID-19 em 17 regiões do país. Até o momento, o maior número de casos de infecção vem do eixo Metropolitano: Central (32%) e Assunção (30%).

Foram processadas 3.440 amostras para SARS-COV2, apresentando uma positividade de 7,4%.

Por outro lado, há um aumento de 13% nas internações por covid-19. Cerca de 36 pessoas foram hospitalizadas devido à covid-19, 4 delas necessitaram de cuidados intensivos. A maior carga de internações é observada em crianças menores de 5 anos e adultos com mais de 80 anos.

Segundo o relatório, nenhuma morte foi confirmada no final da semana passada. Até agora, neste ano, foram relatadas 100 mortes por covid-19.

Vigilância genômica

O relatório do Laboratório Central de Saúde Pública informa que a variante SARS-CoV2, sub-linhagem ômicron mais frequente, é a LB.1 (BA.2.86.1.1.9.2.1.3), no Alto Paraná e Assunção. A segunda variante mais frequente é a JN.1, encontrada em Assunção, Central, Alto Paraná.

Enquanto isso, a variante KP.3.1 registrada na Capital, Central e Itapúa e a KP.2.2 só foram detectadas no Alto Paraná.

Além disso, foi identificada a variante MJ.1 (uma amostra do Departamento Central), da qual existem apenas 50 sequências publicadas em Gisaid em todo o mundo.

Agência Paraguaia de Informação

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