Assunção, Agência IP.- Apesar da seca e da crise hidrológica que assola a região, a Usina Hidrelétrica de Itaipu está operando normalmente com vazão média das turbinas nos últimos dias de 7.800 metros cúbicos por segundo (m3/s) e afluência média de 6.900 m3/s.
Isso está indicado no relatório da Superintendência de Operação, dependente da Diretoria Técnica da Entidade.
“Temos uma otimização na operação, o que nos proporciona maior desempenho na geração de nossas máquinas. Em média, a produtividade de Itaipu é de aproximadamente 1,06 MW médios/m3/s, que é a relação entre a quantidade de energia produzida e a vazão de água turbinada para essa produção. Agora estamos tendo uma produção com produtividade próxima de 1,10 MW médios/m3/s devido à condição de operação e à ação de programação operacional na planta. Ou seja, mesmo com pouca água estamos tendo uma boa geração”, comentou Silver Guerrero, Superintendente de Operação.
Ele afirmou que essa ótima operação se deve ao controle do reservatório, que atualmente está na cota de 218,10 metros acima do nível do mar (masl). Da mesma forma, o superintendente esclareceu que a ITAIPU é uma planta de trânsito; Consequentemente, não tem capacidade de acumular água em seu reservatório. No entanto, disse que a operação é feita em coordenação com as barragens que ficam a montante da ITAIPU.
“Temos o nosso reservatório, mas são 50 barragens a montante e a Itaipu faz parte do sistema. As barragens a montante são regulatórias, ou seja, regulam o fluxo de água em função das necessidades que apresentam”, afirmou o Eng. Ele afirmou que na Binacional há um controle do nível a montante e atualmente há a marca de 218,10 metros acima do nível do mar; enquanto o teto máximo em épocas de grande afluência de água é de 220,50 metros acima do nível do mar.
Quanto à previsão de geração total da ITAIPU para este ano, o Superintendente de Operações indicou que o valor estimado gira em torno de 67 mil gigawatts-hora (GWh).
Relativamente à afluência de água, sublinhou que esta vem diminuindo há algum tempo. “Há cerca de 5 ou 6 anos que temos tido afluências abaixo das expectativas. No ano passado estávamos fazendo a nossa programação baseada no fator fenômeno El Niño e, levando em conta que poderia durar até abril, estabelecemos uma previsão de cerca de 78 mil gigabytes de geração, mas isso não aconteceu”, disse.
No entanto, Guerrero destacou que apesar dessa redução, há um ótimo desempenho das unidades geradoras, o que permite atender a demanda dos sistemas paraguaio e brasileiro, respectivamente.
