Tel Aviv.-O gabinete de Benjamin Netanyahu anunciou na manhã desta sexta-feira que, nos próximos dias, responsáveis do governo israelita se reunirão para discutir a proposta de cessar-fogo no Líbano, promovida pelos Estados Unidos e pela França.
O comunicado foi emitido depois de o primeiro-ministro ter prometido, esta quinta-feira, continuar a “atacar com toda a força” o grupo terrorista Hezbollah, o que coloca em xeque a tentativa de trégua.
“Nossas equipes se reuniram (na quinta-feira, 26 de setembro) para discutir a iniciativa dos EUA e como podemos avançar no objetivo comum de devolver as pessoas com segurança às suas casas”, indica a mensagem, que também detalha que foi no início desta semana que os EUA compartilharam com Israel “a sua intenção” de chegar a um acordo.
“Continuaremos essas conversas nos próximos dias”, acrescenta o texto. No comunicado, Israel também afirma apreciar os “esforços” dos Estados Unidos, que descreve como “indispensáveis para promover a estabilidade e a segurança na região”.
Netanyahu, que participará esta sexta-feira na Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, rejeitou na quinta-feira as versões da imprensa mundial, incluindo a imprensa israelita, que sugeriam um iminente acordo de cessar-fogo.
Paralelamente, na manhã desta sexta-feira, o Exército israelita afirmou ter interceptado um míssil “terra-terra” de longo alcance lançado do Iémen contra o centro do país.
«As sirenes (antiaéreas) que soaram são o resultado de disparos do Iémen. Um interceptador foi lançado. Os detalhes estão sob revisão”, anunciou um comunicado militar às 00h48, horário local.
Pouco depois, o Exército confirmou que o míssil havia sido interceptado pelo sistema ‘Arrow’ fora das fronteiras israelenses, mas que “sirenes e explosões” foram ouvidas após a interceptação e a queda dos estilhaços.
Este é pelo menos o segundo míssil deste tipo lançado contra o centro de Israel esta semana, depois de, em 25 de Setembro, o Hezbollah ter feito o mesmo, disparando alarmes em Tel Aviv e outras áreas próximas. De acordo com o Exército Israelita, esta foi a primeira vez que a milícia xiita libanesa atacou Tel Aviv, desencadeando intensos bombardeamentos israelitas em retaliação.
Esta quinta-feira, Israel atacou por via aérea 220 “alvos” do Hezbollah no Líbano, incluindo instalações, lançadores de projécteis e armazéns de armas, segundo um comunicado militar.
Estes ataques causaram pelo menos mais 92 mortos e 153 feridos no país vizinho, concentrados em zonas do leste e do sul, mas também em ataques contra os subúrbios do sul de Beirute, segundo o Ministério da Saúde Pública libanês.
