Eles planejam realizar julgamentos em Buen Pastor, para mulheres que se qualificam para medidas alternativas

Assunção, Agência IP.- Autoridades do Ministério da Justiça e do Supremo Tribunal de Justiça (CSJ), anunciaram a intenção de acelerar a revisão dos casos de mulheres privadas de liberdade no Centro Penitenciário Feminino “Casa del Buen Pastor”, em situação de vulnerabilidade e que se qualificam para medidas alternativas. Serão selecionados 100 processos que irão a julgamento no mesmo estabelecimento prisional.
A jornada de acompanhamento processual aconteceu esta sexta-feira em Buen Pastor, onde a diretora da instituição penitenciária, Yenny Delgado, forneceu uma lista de 230 mulheres que se qualificam para a revisão.
Dessa lista selecionarão 100 processos que terão a possibilidade de acesso a julgamento na sede do Buen Pastor, o que gera esperança de ter uma revisão de seus casos.
O Vice-Ministro de Política Criminal, Víctor Benítez, destacou a iniciativa e valorizou a cooperação do Supremo Tribunal de Justiça com o Ministério da Justiça, para melhorar a segurança nas prisões, reduzindo a superlotação.
Neste ponto expressou que a gestão beneficiará as mulheres privadas de liberdade que têm a possibilidade de cumprir a pena ou prisão preventiva fora do centro penitenciário ou poderá dar-lhes outra saída. E também trabalhar no descongestionamento da penitenciária, destacou Benítez.
Esclareceu que se trata de mulheres privadas de liberdade em situação de vulnerabilidade e que foram previamente selecionadas sob rigorosos critérios de cumprimento do Código de Processo Penal, ou seja, aquelas mulheres que cumprem os requisitos para a revisão dos seus casos.
Destacou que isso vem de mãos dadas com a reinserção social, que estão a trabalhar em estudos e empregos para mulheres privadas de liberdade no sistema prisional, com a ajuda de empresas do setor privado, e este é mais um exemplo de reabilitação e reintegração que o Ministério da Justiça promove, para que retornem da melhor forma à sociedade”, disse.
Representantes do Ministério da Justiça, CSJ, Defensoria Pública, Ministério Público, Ouvidoria e Mecanismo Nacional de Prevenção à Tortura participaram da jornada de acompanhamento processual.
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