Criação de instâncias especializadas para atender casos de violência contra a mulher
Assunção, Agência IP.- A Ministra da Mulher, Cynthia Figueredo, manifestou o seu apoio à iniciativa parlamentar que visa criar instâncias especializadas para atender casos de violência contra a mulher.
Figueredo participou da sessão da Comissão de Assuntos Constitucionais e da Comissão de Família, que se reuniram conjuntamente para analisar o projeto de lei que cria os Juizados e Tribunais Especializados em Violência contra a Mulher.
Na ocasião, a Secretária de Estado sublinhou que o Ministério da Mulher apoia este projecto e que é urgente a existência de tribunais especializados.
Também enfatizou que o Estado deve responder a partir de uma abordagem integral, especial, interorgânica e interinstitucional à violência contra a mulher, que é um fenômeno complexo que abrange muitos pontos.
Figueredo explicou aos membros das comissões parlamentares que o projeto de criação de tribunais e tribunais especializados em violência contra a mulher tem sido trabalhado em 14 sessões realizadas entre os membros da Mesa Interinstitucional de Prevenção da Violência contra a Mulher (Previm), sempre chefiado pelo Ministério da Mulher.
Ele ressaltou que o objetivo deste projeto de lei é proporcionar a efetividade do dispositivo da Lei nº 5.777/2016 sobre Proteção Integral contra todas as formas de violência contra a mulher. “A violência contra as mulheres ocorre em diferentes fases e situações e nós, como Estado, não podemos estar isentos de dar e contemplar uma resposta jurisdicional a todos os tipos e manifestações de violência. É imperativo contar e encontrar uma forma de atenuar este fenómeno e sobretudo fortalecer estas jurisdições e ter administradores de justiça especializados de forma a resolver este problema”, explicou.
Neste contexto, disse que entendendo que a violência contra a mulher é um fenómeno complexo, afirmou que constitui também a norma de aplicação que deve atingir as esferas pública, política, social, laboral, educativa, ou seja, em diferentes áreas como a de esportes, comunicação e cultura.
A construção do projeto de lei incluiu o debate da sociedade civil e se instalou na agenda pública como uma situação que deve ser enfrentada com uma política pública forte e firme, disse Figueredo.
“Portanto, devemos ressaltar que é dever do Estado cumprir, proporcionar a proteção à vida, a segurança e a proteção do tratamento especializado na violência, a fim de combater este flagelo, proteger a vida das mulheres e, acima de tudo, fornecer a especialidade e o tecnicismo em questões do que é justiça e transmitir essa perspectiva que precisamos para que as mulheres possam realmente viver essa vida segura em um Paraguai livre de violência”, concluiu.