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Argentina: Sergio Massa e Javier Milei avançam para o segundo turno Presidencial

O segundo turno na República Argentina foi oficialmente confirmado, e a disputa ocorrerá entre o candidato governista Sergio Massa, que obteve 36,24% dos votos válidos, e o candidato de extrema-direita, Javier Milei, com 30,22% de apoio, de acordo com os números divulgados pelo Diretório Nacional Eleitoral às 22h, com 87,84% das urnas apuradas. Patricia Bullrich assegurou o terceiro lugar com 23,80% dos votos.

Após a divulgação das primeiras parciais, pouco depois das 21h, o secretário geral da Presidência, Julio Vitobello, enfatizou que a rápida obtenção do resultado foi possível graças ao trabalho de mais de 1.800 digitadores. Posteriormente, o governo esclareceu que as apurações parciais seriam compartilhadas somente após a consolidação das informações, a fim de garantir a menor margem de alteração possível até as 22h, visando fornecer um resultado confiável e transparente para a população.

No domingo, 77,65% dos eleitores argentinos compareceram às urnas, segundo as autoridades eleitorais do país. O secretário destacou esse alto nível de participação como uma demonstração do compromisso contínuo do povo argentino com o sistema democrático, especialmente em um ano que celebra 40 anos da vigência desse sistema.

Julio Vitobello fez sua declaração ao lado do diretor nacional eleitoral, Marcos Schiavi, e da presidente do Correio, Vanesa Piesciorovski, figuras de grande importância no processo eleitoral.

Cinco candidatos concorreram à Casa Rosada: Sergio Massa (Unión por la Patria), Javier Milei (La Libertad Avanza), Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), Juan Schiaretti (Hacemos por Nuestro País) e Myriam Bregman (Frente de Izquierda). Massa, Milei e Bullrich ocuparam as três primeiras posições nas pesquisas de intenção de voto nas semanas anteriores à eleição.

Diferentemente do Brasil, na Argentina, um candidato não precisa conquistar mais de 50% dos votos válidos para vencer no primeiro turno. É suficiente obter mais de 45% ou mais de 40% com uma vantagem superior a 10% em relação ao segundo colocado. Como nenhum desses cenários ocorreu, o segundo turno foi agendado para 19 de novembro deste ano, com a posse das autoridades eleitas marcada para 10 de dezembro.

Além disso, foi observada uma alta participação de eleitores argentinos no Consulado da Argentina em São Paulo, embora o número específico não tenha sido divulgado. Um total de 11.900 argentinos estava apto a votar em São Paulo. Em Israel e na Ucrânia, devido aos conflitos em curso, mais de 14.000 eleitores não puderam exercer seu direito de voto nas eleições presidenciais, de vice-presidente, para 24 senadores, 130 deputados, e para os 43 parlamentares do Mercosul.

As pesquisas eleitorais mais recentes, como a pesquisa AtlasIntel divulgada em 13 de outubro, indicaram que Sergio Massa liderava as intenções de voto no primeiro turno, com 30,9%, seguido por Milei com 26,5% e Bullrich com 24,4%. No entanto, os cenários de segundo turno sugeriram que Massa perderia para qualquer um dos outros dois, enquanto Milei só seria derrotado por Bullrich.

Vale ressaltar que as eleições primárias na Argentina são realizadas para determinar os candidatos que concorrerão nas eleições gerais, incluindo a presidência e outros cargos legislativos. As coligações precisam obter pelo menos 1,5% dos votos válidos para avançar. Javier Milei foi a grande surpresa dessas eleições primárias, obtendo 30,04% dos votos, enquanto outras coligações, como Juntos por el Cambio e Unión por la Patria, também obtiveram significativos apoios. Schiaretti e Bregman obtiveram menores porcentagens de votos, com 3,83% e 2,65%, respectivamente.

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