Curiosidades

Alguns Mitos sobre a Itaipu Binacional

As hidrelétricas ainda encontram oposição no Brasil, principalmente por falta de informação ou desconhecimento. A usina de Itaipu, ao longo de sua construção e também na fase de operação, encontrou muitos opositores e teve que enfrentar até mentiras ou falsas suposições. A História mostrou quem estava certo, os que pensavam na energia hidrelétrica para alimentar o crescimento do País ou aqueles que buscavam a todo custo alimentar mitos e boatos.É o que parece estar acontecendo agora com os novos empreendimentos hidrelétricos que o Brasil desenvolve. Precisamos pôr fim aos mitos.

Constituída em maio de 1974, Itaipu começou a ganhar projeção na mídia a partir de 1979, quando os possíveis impactos da formação do reservatório passaram a merecer análises de toda ordem.Em 13 de outubro de 1982, começou a ser formado o reservatório, que atingiu em 14 dias a cota programada. A usina de Itaipu começou a operar dois anos depois. Vamos aqui mostrar alguns dos mitos que se criaram sobre a usina de Itaipu e o que a realidade nos revela.

Mitos X Fatos


TERREMOTOS

O mito
Barragens com mais de 100 metros de altura, como Itaipu, são potencialmente sísmicas. Itaipu poderia provocar um terremoto de grandes proporções, como em Koyna, na Índia, que atingiu intensidade de 7.5.

Fatos
Nunca ocorreu um terremoto na região, nesses 38 anos de operação da usina de Itaipu. Na verdade, a Sismicidade Induzida por Reservatório só ocorre em áreas com tensões pré-existentes no subsolo, isto é, em regiões já favoráveis a este fenômeno.
Mesmo diante da baixa probabilidade de ocorrência de sismos na região, as estruturas da usina foram projetadas para suportar tremores da ordem dos maiores registrados no Brasil.
A rede sismográfica de Itaipu, que opera desde 1982, não registrou nenhum sismo induzido pela usina, o que se confirma nas análises da Universidade de Brasília, à qual a rede da usina está interligada.


ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

O mito
O reservatório de Itaipu provocaria mudanças climáticas numa extensa área, do Pantanal sul-mato-grossense ao sul de São Paulo e aos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Norte da Argentina e Paraguai, causando aumento de precipitação, vendavais, precipitação de neve, aumento de nevoeiros e diminuição da amplitude térmica.”

Fatos
Itaipu estuda o clima regional em profundidade desde 1998.
O reservatório de Itaipu não alterou a umidade relativa do ar nem tampouco provocou mudanças nas temperaturas médias e máximas da região.
A evapotranspiração do reservatório tem pouca penetração sobre a terra.
Itaipu não afetou o clima da região.


EXTINÇÃO DA FAUNA

O mito
Itaipu provocará a extinção de peixes, com consequente diminuição da pesca e abandono da região por animais e pássaros.

Fatos
Após a formação do reservatório, houve aumento do número de pescadores profissionais (438%), da quantidade pescada (1.250%) e da produção por pescador (250%).
65% do pescado no lago são de espécies migradoras, demonstrando a eficiência, eficácia e efetividade do Canal da Piracema e a qualidade ambiental do reservatório.
Antes do enchimento do reservatório, foram detectadas 127 espécies de peixes. Hoje, estão identificadas 179 espécies (aumento de 41%).
As áreas de preservação, mata ciliar e refúgios biológicos criados pela usina de Itaipu são as principais iniciativas na região para a preservação da biodiversidade.


PROLIFERAÇÃO DE DOENÇAS

O mito
O reservatório de Itaipu provocará aumento de doenças como esquistossomose, malária e febre amarela.

Fatos
A região do lago de Itaipu não apresenta esquistossomose.
Nenhum caso de febre amarela foi registrado pela 9ª Regional de Saúde desde 1966 até 2011, embora Foz do Iguaçu seja considerada área de risco, por fazer fronteira com o Paraguai e a Argentina.
Também não houve aumento da incidência de malária na região.


ASSOREAMENTO DO LAGO

O mito
O reservatório de Itaipu poderá estar assoreado em poucos anos.

Fatos
A vida útil do reservatório de Itaipu é de 160 anos, conforme estudos feitos em 2006.
Itaipu e todas as grandes empresas do setor elétrico fazem estudos hidrossedimentários de seus reservatórios.
De 1979 a 2005, o reservatório perdeu apenas 0,29% do volume total, sem qualquer prejuízo ao volume utilizado para a produção de energia.


EXTINÇÃO DA FLORA LOCAL

O mito
Parcela considerável dos recursos da flora e da fauna é perdida com a construção de hidrelétricas.

Fatos
Itaipu plantou 44 milhões de mudas no lado brasileiro do seu reservatório, criando uma faixa de proteção de 607 km², importante para a preservação da flora.
É o maior programa de reflorestamento do mundo já feito por uma usina hidrelétrica.
De 1979 a 1997, as matas da região, que cobriam apenas 7,6% da área, foram reduzidas em 46%, enquanto na faixa de proteção aumentaram 166%.
Itaipu mantém reservas e refúgios biológicos que preservam e estudam a fauna.
Não foi constatada extinção de espécies.
Itaipu não provocou perda da biodiversidade, e sim atua em favor de sua preservação


ÊXODO DAS FAMÍLIAS RIBEIRINHAS

O mito
Com a construção de Itaipu, 40 mil pessoas seriam deslocadas, principalmente para Rondônia.

Fatos
Itaipu desapropriou 8.519 propriedades, atingindo aproximadamente 40 mil pessoas.
As indenizações pagas totalizaram US$ 209 milhões e permitiram aos atingidos adquirir uma área 60% maior que a desapropriada.
86% dos atingidos permaneceram no Paraná, com 77% permanecendo na região oeste do estado.
Cerca de 700 famílias sem direito a indenização foram incluídas em projetos de assentamento do Incra.
Os índios avá-guaranis foram realocados para uma área aproximadamente 90 vezes maior do que aquela em que antes viviam.
A desapropriação permitiu a permanência dos atingidos na região, promoveu a regularização fundiária e aumentou o tamanho das propriedades.


PREJUÍZOS À AGRICULTURA

O mito
Itaipu provocará redução da produção agrícola, aumento de doenças nas culturas, necessidade de mudança de culturas e empobrecimento e salinização do solo.

Fatos
A produção e a produtividade agrícola no entorno do lago aumentaram como no restante do Paraná.
Ações de Itaipu melhoraram a qualidade das culturas e do meio ambiente.
Não houve aumento de ocorrência de doenças nas culturas.
As mudanças de cultura decorreram de decisões do produtor, relacionadas à lucratividade.
Itaipu incentiva as boas práticas conservacionistas, que aumentam a fertilidade do solo e preservam a qualidade das águas.


USINA SERIA UMA OBRA DESNECESSÁRIA

O mito
Itaipu seria uma obra faraônica, pois não haveria consumidores para sua energia no Brasil e no Paraguai.

Fatos
Itaipu é essencial para o Brasil e Paraguai.
A usina tem sido utilizada em sua capacidade máxima.
No ano 2008, produziu 94.684.781 megawatts-hora (MWh) de energia, recorde mundial de geração por uma única usina.
Em 2011, gerou 92,2 milhões de MWh, suficientes para abastecer 17% de todo o mercado brasileiro de eletricidade e 73% da demanda paraguaia.


Fonte : Publicação Itaipu - Mitos e Fatos

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