PTI desenvolve sistema para acesso a áreas radiologicamente controladas da usina de Angra
A última etapa em laboratório do desenvolvimento de um sistema de controle de acesso eletrônico às áreas radiologicamente controladas para a usina de Angra, solicitado pela Eletronuclear, foi concluída pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR). A solução que será entregue foi totalmente customizada conforme às necessidades da usina.
Durante a última semana uma equipe da Eletronuclear esteve no Parque Tecnológico para a realização do Teste de Aceitação de Fábrica (TAF), etapa final da parte de desenvolvimento. O sistema do Centro de Competências em Automação e Simulação de Sistemas Elétricos do Parque recebeu a validação da empresa e agora passa pelos últimos ajustes para a instalação na usina.
O projeto do Parque Tecnológico e Eletronuclear foi iniciado em 2017, após a empresa procurar o PTI devido à experiência na elaboração de produtos e serviços customizados à Itaipu Binacional. O Parque passou por uma prova de conceito para atender a subsidiária da Eletrobras e o desenvolvimento do sistema foi iniciado em julho de 2018.
A analista de sistemas do Centro de Competência em Automação e Simulação de Sistemas Elétricos, Alanna Vanzella, explica que, para a entrega de uma solução de acordo com as expectativas da Eletronuclear, a equipe fez uma série de observações em campo para entender os processos e a rotina da usina.
A cada dois meses, o PTI fez entregas parciais do sistema, que foram sendo validadas com a demandante. Em fevereiro deste ano a solução foi finalizada e entrou em um processo de migração de dados do sistema antigo para o desenvolvido pelo Parque Tecnológico.
O supervisor de proteção radiológica do Departamento de Proteção Radiológica da Eletronuclear, Hélio Sampaio de Assunção, conta que o sistema que até então é utilizado pela empresa para o controle às áreas de radiação é de uma empresa que não oferece mais suporte. “E se fôssemos adquirir um sistema disponível no mercado, ele não atenderia completamente as necessidades que temos”.
O sistema desenvolvido pelo PTI faz um controle minucioso tanto dos pré-requisitos para acessar a área de radiação, como também o controle da quantidade de radiação a que essas pessoas são expostas no local. “Para nós foi muito bom ter uma equipe de desenvolvedores que tivesse a visão do nosso processo e pudesse fazer a solução da forma que precisamos”, afirma Hélio.
O representante da Eletronuclear elogiou a condução do trabalho por parte da equipe do Parque Tecnológico. “Eles estão sempre buscando atender o que pedimos de alguma forma, e conseguem fazer. Tanto na relação interpessoal, como na parte técnica, eles são bem tranquilos, conseguimos conversar e resolver”, avalia Hélio.