O presidente da República, Mario Abdo Benítez, está hoje em Ciudad del Este, em uma visita surpresa, cuja agenda é até agora desconhecida. No entanto, fontes confiáveis próximas ao Gabinete Presidencial asseguram que o principal motivo da visita do chefe de estado seria dar um “puxão de ouvido” às tropas da Área Naval da CDE, que nos últimos dias foram salpicadas de várias queixas sobre atos de corrupção e até assédio sexual de mulheres que tentavam entrar no país e estavam presos na Ponte da Amizade.
Abdo Benítez, do Palácio de López, havia manifestado solidariedade ao Alto Paraná, um dos departamentos mais atingidos pela quarentena, considerando que sua economia depende principalmente do turismo de compras.
“Se há um departamento que está sendo atingido em sua dinâmica econômica, é o Alto Paraná, cuja maior parte de sua economia depende do turismo de compras e precisamente do tráfego”, admitiu o presidente na segunda-feira.
Na ocasião, Mario Abdo Benítez expressou sua solidariedade ao povo do Alto Paraná, cujas economias estão sendo severamente afetadas pelo fechamento de fronteiras e pelas medidas sanitárias impostas pelo Executivo para impedir a propagação do coronavírus.
Inclusive, especula-se que o presidente possa ordenar a substituição do controverso comandante da Base Naval, capitão Walter Díaz, que, no entanto, é considerado um “homem de confiança” do vice-presidente da República, Hugo Velázquez.
Díaz é questionado há muito tempo e até tentou censurar o trabalho da imprensa à frente da Ponte da Amizade. Ele também está envolvido no “tratamento preferencial” de pessoas que entram na Ponte da Amizade, arbitrariamente e sem cumprir os regulamentos de saúde estabelecidos pelo governo. O último episódio foi realizado pela agente fiscal María del Carmen Meza, que tentou entrar com sua família e só não teve sucesso porque foi descoberta a tempo e foi enviada a um abrigo, conforme o caso, para ficar em quarentena.
